Aos 24 anos Mai-Britt Wolthers muda-se da Dinamarca para o Rio de Janeiro e, durante a década de 1990, instala seu atelier em uma região de mata Atlântica na baixada santista, no litoral de São Paulo. Nesse período investiga as florestas brasileiras em viagens que realiza para a região amazônica e Pantanal. A partir de 2008, quando passa a integrar grupos de estudos de arte em São Paulo, incorpora um universo poético onírico vinculado à memória em sua produção: seja na pintura, gravuras em metal, esculturas e instalações.
Mai-Britt realizou diversas exposições individuais, entre as quais se destacam Hileia, no Centro Cultural dos Correios em 2010, e Equações, no Centro Cultural São Paulo em 2014. Também participou da X Bienal Nacional de Santos, em 2006, e da XI Bienal do Recôncavo, na Bahia em 2011. Em 2016 foi convidada para expor na Lamb Arts Gallery em Londres e no ano seguinte foi selecionada para integrar o tradicional salão de arte Charlottenborgs Spring-exhibition, no Charlottenborgs Kunsthal, em Copenhague.
Em 2015 a Galeria Eduardo Fernandes apresentou a exposição Azul no Negro, com as obras produzidas na expedição que Mai-Britt realizou ao rio Negro amazônico. Em 2010 na Galeria Eduardo Fernandes, uma edição exclusiva da série de doze gravuras em metal – resultado de sua pesquisa sobre as florestas brasileiras – pôde ser vista em sua mostra individual Hileia (2010).
As obras da artista estão em acervos institucionais como os do Senac e do Centro Cultural São Paulo-CCSP, Centro Cultural dos Correios no Rio de Janeiro, Museu de Arte Contemporânea de Campo Grande, Instituto Figueiredo Ferraz em Ribeirão Preto e Prefeitura Municipal de Gribskov na Dinamarca.