KRISTIN CAPP | COTIDIANO


Exposição mostra fotografias de cenas cotidianas em preto e branco, captadas por uma máquina Rolleiflex, tiradas pela respeitada artista, Kristin Capp, que tem seu trabalho exposto em Nova York, Paris, Chicago e em importantes coleções particulares de arte contemporânea.

Na terça-feira, dia 14 de agosto, às 19 horas, a Galeria Eduardo H Fernandes recebe o público para o vernissage de abertura da exposição Cotidiano.  Com 22 fotos em preto e branco a americana Kristin Capp realiza sua primeira individual no Brasil.
Com trabalhos no Whitney Museum, de Nova York, Biblioteca Nacional de Paris, Maison Europian de Photphio e Chicago Museum. Capp têm também dois livros publicados: Americanas e, frutos do trabalho meticuloso que a consagrou com conhecimento internacional. Suas fotografias estão em coleções de arte contemporânea como.

O conjunto dos momentos e espaços do cotidiano que são fotografados por Capp formam um diagrama, uma vez que ela contenta-se em aceitar a ambigüidade como uma condição do significado e abraçar a reticência como uma estratégia de estilo. “Na forma,  suas imagens são diretas e objetivas, sem pretensão, sem os múltiplos centros de interesse e sem a sincope dos ecos, de forma típica com o enfoque de mais auto-consciência e auto-referência. Isso permite com que ela pareça desaparecer mesmo quando  ativamente direciona nossos olhos para aquilo que  viu. Nem toda foto é necessariamente simples, no entanto. Suas fotos de pessoas podem ser tão indiretas e evasivas como quando nós vemos um bebê com o seu dorso voltado para nós, imóvel atrás da vitrine, como um manequim exposto   e  somos forçados a nos perguntar: o por que?”

O crítico observa que a qualidade relativa do contingente das imagens é familiar  aos que estão a par da fotografia contemporânea. “O que distingue as fotos de Capp é a devoção da particularidade do local(...).  Sua câmera não se interpõe entre  uma rede fast food e idêntico restaurante de beira de estrada. Esses sinais de uniformidade nacional não estão presentes na visão de mundo de Capp. Ela não admite que os piores aspectos da vida moderna interfiram no seu registro. Isso é verdade mesmo quando ela esta dentro do hotel no “Bowery”; em vez de sujeira  vê conforto, como numa fileira precisa de caixas de fósforos servindo de porta retrato para algumas fotos preciosas”.

É esta paixão pelo cotidiano, filtrada pela Rolleiflex que a artista expõe na Galeria até o dia 14 de outubro. Uma exposição que além de revelar o olhar de Kristin Capp, nos  mostra também que a cultura contemporânea americana não é tão sem alma e tão sem significância quanto possamos imaginar.