SP-ARTE 2021 | RESPIRA(R)

O projeto expositivo Respira(r) inicia a partir de reflexão sobre o momento atual e o eco das nossas ações em todas as esferas sociais, em um movimento de expansão(cheio) e contração(vazio).

“O ato de respirar nunca foi tão valioso. Ainda vamos respirar a mesma merda?”

— FERNANDO ARIAS

A pergunta presente na videoarte ‘Respiro’ (2018) do artista Fernando Arias se faz relevante no mundo que tenta recuperar-se de uma pandemia e reverter a crise climática global.

Claudia Melli, durante o isolamento social, faz um mergulho no mar, um dos seus principais objetos de pesquisa, e produz a série ‘Respira’. As obras servem de convite para explorar essa paisagem diferente, pouco frequentada, submersa e perceber a nossa respiração.

O artista Jorge Rodríguez-Aguilar opera no limite entre o desenho e a escultura. O traço feito em grafite transforma-se em objeto de metal, a partir da parede, ganha o espaço e propõe uma ação física em relação a obra.

A queda como possibilidade de um recomeço é o foco da instalação da Daisy Xavier. “O que dá problema é se resistir à evolução”, cita a artista enxerga a arte como ferramenta para acompanhar mudanças socioculturais.

No mesmo campo de discussão do lugar político, a série “pátria amada?” de Edgar Racy nos indaga sobre o lugar cívico e nossa responsabilidade político-social.

O projeto dialoga com a série ‘A cada uno su mierda’, também de Fernando Arias. Quando observada de perto, a frase é composta por agrupamentos de traços semelhantes a aqueles usados por presidiários para contar os dias em confinamento.

Por fim, a pintura de Mai-Britt injeta verdade e espontaneidade. Deixa evidente a ação do indivíduo, e utiliza referencias da natureza para estabelecer um tom mais otimista para o futuro.